sábado, 5 de novembro de 2011

Travesuras de la niña mala

Estou a ler um livro que comprei em Arequipa, Peru, de Mario Vargas Llosa e a personagem sobre a qual gira o enredo suscitou-me alguns minutos de reflexão.

A ambição é uma qualidade considerada por todos de inegável importância. Tal como a sua escassez é vista como sinal de mediocridade ou até mesmo pobreza de espírito. Qualquer pessoa que tenha vingado profissionalmente se diz de fortes ambições, homens bem sucedidos são repetidamente apelidados de empreendedores ambiciosos. Autobiografias em livro ou documentário não se cansam de enaltecer esta qualidade nas personalidades das mais diversas áreas como se dela dependesse o resultado final entre o sucesso ou o fracasso.
Porém, querer mais até que ponto? Não será ambição a mais também falta de maturidade? Não será sinal de infelicidade a longo prazo? Insatisfação crónica não é problema de fácil resolução. É medíocre estarmos satisfeitos com o que temos? Dar valor às pequenas (talvez grandes) posses que temos, ou às grandes (talvez de tamanha pequenez) conquistas profissionais? É bom? É talvez relativo interrogar assim de forma tão vaga. Tal como é também de relativa importância cada uma das vitórias pessoais que conseguimos tempo a tempo. Mas se vago é o meu assunto, espero que cativante também o seja. Pensar nisto faz bem de forma a encontrarmos o equilíbrio entre a ambição e o nível de satisfação que nos apraz.
E lembro-me agora de uma frase que esteve durante anos na parede de uma casa na rua Marechal Saldanha em frente a um dos "tea time spots" mais clássicos da cidade do Porto, a Xícara, e que dizia em letras grafitadas: "A vida é uma enorme refeição. Não faças dieta nem sejas guloso."

Até breve, Salam Malek
Incha Allah!

Nenhum comentário:

Postar um comentário